Como se sabe, a vida é dura em toda parte. Há uns cinco mil anos um macaco pelado começou a se destacar entre as espécies do Planeta Terra, o nome desse macaco é ser humano, e nos dias atuais sua evolução foi tanta que há contextos culturais que ajudam a entender suas cabeças criminosas.
No Brasil destaca- a presença de duas figuras supostamente perdidas no passado: o colonizador e o colono. O colonizador abandonou a mãe-pátria, por uma nova terra, que vai explorar. Conhecer, seus recursos, impor sua língua e gozar a nova mãe sem o interdito do pai. O colono, ao contrário, não veio gozar a América; queria construir um nome, encontrar um novo pai.
A nossa sociedade exige que as pessoas sejam bem-sucedidas. Isso significa ser rico, poderoso, acumular propriedades. Quem ficar fora de uma rede dessas, contra essa cultura é considerado excêntrico, criador de caso, trouxa, babaca, Nesse caso, é bobagem reivindicar direitos pelo mérito. Tudo se torna legítimo, pois ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
Os supostamente honestos e excluídos, revoltados se mobilizaram em recentes manifestações que assustaram e encantaram o Brasil não apenas contra um partido político e sim contra todas as instituições sobre as quais se assentam nossa sociedade, inclusive a mídia.
A população vive assustada; as pessoas andam sobressaltadas, apavoradas; sentem-se encurralas apavorada, sentem-se impotentes diante desse quadro aterrorizante que é a violência.
Desconfiam de todos, não acreditam em ninguém, exceto se forem amigos ou familiares. Os brasileiros estão vivendo realmente “aprisionados” e “enjaulados”, em seus aconchegos, com medo de sair de casa por causa da violência crescente no Brasil. A criança nasce pura, indefesa, mas depois vai crescendo,crescendo até se tornar adulta, e aí, nesse caminhar, só a sorte e a proteção divina poderão lhe salvar das intempéries e desgraças humanas do dia a dia neste mundão de meu Deus!
A criança vai crescendo ouvindo seus pais, irmãos, a secretária do lar, seus vizinhos e as pessoas de fora; assistindo televisão com cenas erotizadas e violência letal; vai convivendo com os pais, alguns quase “santos”, outros não; com os amigos, com os colegas de escola e com os colegas de trabalho, participando de festas, etc.
E nessa caminhada muitas delas e por variados motivos, acabam se tornando antissociais e praticando crimes. As influências advindas do meio em que a s pessoas vivem podem ou não determinar a prática de delitos, só depende do caráter de cada um, adquirido no decorrer da sua criação pelos pais. Dito assim parece vago e utópico o Brasil novo que estamos criando agora definirá a nossa sociedade, para o bem e para o mal. Está em curso enfim a prometida terra do futuro?
Artigo escrito por Israel de Souza Brito - Investigador de Polícia da Delegacia do Adolescente, Graduado em Geografia e Pós Graduado em Gestão Ambiental.
www.jtribunapopular.com.br