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DELEGADO DO DEA EXPLANA AUMENTO DE CRIMES COMETIDOS POR MENORES EM 2015

DELEGADO DO DEA EXPLANA AUMENTO DE CRIMES COMETIDOS POR MENORES EM 2015

06/04/2015

O delegado Francisco Robson Vidal Sampaio, titular do DEA (Delegacia Especial do Adolescente) de Foz do Iguaçu explanou a imprensa o aumento de crimes cometidos por adolescentes no primeiro trimestre de 2015.

Para o delegado pelo menos 40% dos boletins de ocorrências estão relacionados ao tráfico e ao uso de drogas. Os demais estão divididos entre furtos, roubos, latrocínios, homicídios, agressões e outros.

Entre os crimes mais comuns está a entrega dos chamados “kits cadeia”. Cada adolescente chega a receber R$ 1 mil para levar uma sacola com celulares e drogas até os muros das unidades prisionais.

Nos primeiro trimestre de 2015, a Delegacia Especial do Adolescente realizou 230 procedimentos de atos infracionais cometidos por adolescentes e que 56,51% das ocorrências são cometidos por adolescentes de 16 e 17 anos.

Do total de 230 procedimentos, 10 atos infracionais foram cometidos por adolescentes de 12 anos, 15 procedimentos por adolescentes de 13 anos, 28 por adolescentes de 14 anos, 47 por adolescentes de 15 anos, 57 por adolescentes de 16 anos e 73 atos infracionais cometidos por adolescentes de 17 anos de idade.

Neste mesmo período (1º Trimestre) de 2014, foram realizados 207 procedimentos, o qual indica um aumento real de 11% comparando o ano de 2015.     

Falta de estrutura  

Segundo o delegado Francisco Robson Vidal Sampaio, o trabalho é árduo, pois além do volume de ocorrência, eles precisam atuar também como psicólogos e conselheiros. “São crianças que chegam aqui perdidas, sem rumo na vida. Elas são atraídas pelo dinheiro fácil e é difícil concorrer com o mundo do crime”, disse.

Além dessas dificuldades, a falta de estrutura da unidade complica o funcionamento da delegacia. O local é considerado pequeno para a demanda de serviços. A área é de cerca de 100 metros quadrados. Neste espaço, atuam oito investigadores, um escrivão, um delegado e dois estagiários.

O prédio é cedido pela prefeitura e o governo do Estado repassa R$ 2 mil mensais para os custos de manutenção.

Operações

Uma vez por mês, os policiais civis da DEA, em conjunto com servidores da Guarda Municipal de Foz do Iguaçu e Conselho Tutelar, realizam operações contra a prostituição, embriaguez e envolvimento com ato infracional de adolescentes em Foz do Iguaçu. Nestas ocasiões, eles circulam por vários bairros da cidade, fazendo abordagem em bares, lanchonetes, lan houses, casas noturnas e motéis. (Com informações do JIE e DEA)

Foto: JIE

www.jtribunapopular.com.br

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