A Polícia Civil de Foz do Iguaçu, por meio da Delegacia de Homicídios, concluiu hoje o inquérito policial sobre a morte de Douglas Jhone Luz de Souza, ocorrida no bairro Aparecidinha, área rural de Foz do Iguaçu. Na madrugada de 04 de novembro de 2012. A vítima foi baleada por dois indivíduos que ocupavam um veículo Renault / Mégane, de placas ASD-5816, quando saía de uma festa em companhia de amigos.
Na época o homicídio causou grande repercussão nos meios de comunicação social. O veículo utilizado na prática do crime foi apreendido por policiais civis na manhã seguinte aos fatos, estacionado em frente a uma chapeação nas proximidades da Estação Rodoviária de Foz do Iguaçu. O automóvel Mégane estava danificado e apresentava, no seu interior, manchas de sangue. As investigações revelaram que o condutor do veículo se feriu durante a fuga, o que foi posteriormente confirmado por um dos envolvidos no crime, um adolescente que prestou depoimento na DH no final de 2013. Segundo esse suspeito, ele e a pessoa de Wellington Lucas Alencar Rodrigues estavam em poder de armas de fogo (pistolas) e abordaram deliberadamente a vítima, tendo ambos desferido tiros contra ela. Em seguida, teriam empreendido fuga com o veículo, que na ocasião era conduzido por Wellington.
Durante o trâmite do inquérito vários outros suspeitos foram ouvidos, dentre os quais o filho da proprietária do veículo utilizado na fuga e outros jovens que supostamente estavam na festa. Foram coletadas amostras sanguíneas para confronto genético com o sangue encontrado no veículo (exame de DNA), tendo os laudos periciais apontado somente resultados negativos. No final das investigações, os investigadores tentaram localizar Wellington para coleta de sangue e interrogatório, mas o mesmo não foi encontrado para prestar esclarecimentos. Seu desaparecimento, segundo a DH, representa mais um indício de participação no crime, pois Wellington foi o único indivíduo não localizado para o exame de DNA, suspeitando-se que o sangue no veículo seja, realmente, dele.
O menor que confessou participação no crime deverá ser submetido a um procedimento de apuração judicial de ato infracional. Contra ele pesam outras acusações de homicídio, em casos elucidados pela DH.
Quanto ao maior de idade (Wellington Lucas Alencar Rodrigues), o Delegado Marcos Araguari afirmou tê-lo indiciado por homicídio qualificado, e já pediu sua prisão preventiva, como garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal. “É muito importante que a sociedade perceba que a DH não se esquece dos casos antigos, como esse que ocorreu em 2012. As investigações muitas vezes são complexas, com a necessidade de se ouvirem inúmeras pessoas. Laudos periciais específicos, como o de DNA, também levam certo tempo. Mas a Polícia Civil tem por objetivo analisar todos os casos, para que aqueles que tenham suspeitos identificados não permaneçam impunes”, referiu Araguari.
Fotos: Arquivo do Tribuna Popular e DH
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