Dando continuidade a uma nova perspectiva de gestão estratégica foram promovidas, nesta segunda-feira (26), duas palestras sobre artes marciais no auditório inaugurado recentemente na sede da Delegacia de Homicídios da 6ª Subdivisão Policial, em Foz do Iguaçu. Os palestrantes convidados, Roberto Takeshi Fukuchi e Joetsu Narita, são renomados instrutores da escola Seigokan do Japão.
Fukuchi, detentor do 7º Dan (faixa-preta de sétimo grau), é representante autorizado em países como Brasil, Sri-Lanka, Austrália, Índia, além de outros países da América do Sul e Central.
Eles participam da All Japan Seigokan Karate Do Association, entidade responsável em nível mundial, pela disciplina e instrução da arte marcial do Karatê, mais especificamente da escola Seigokan (estilo Goju-Ryu). Ademais, Takeshi manteve contato intenso com o fundador da escola Seigokan, o respeitadíssimo mestre Seigo Tada, antes de sua morte no Japão, razão pela qual seus conhecimentos sobre o estilo são considerados os mais puros e condizentes com a padronização tradicional nipônica.
A seu turno, Joetsu Narita, faixa-preta de 4º Dan, também instruído diretamente pelo seu fundador, também no Japão, é considerado um dos mestres mais expressivos da escola Seigokan no Brasil.
A visita à delegacia de polícia ocorreu graças a estadia dos mestres em Foz do Iguaçu, por ocasião de um torneio no vizinho Paraguai. Durante as palestras, eles abordaram temas referentes à importância da prática de artes marciais para a atividade policial, além de aspectos históricos do Karatê.
Participaram do evento policiais civis da Delegacia de Homicídios, praticantes de Karatê ligados a projetos sociais que têm o ensino da arte marcial como foco, além dos delegados Marcos Araguari de Abreu e Geraldo Evangelista de Souza Júnior, ambos faixas-preta 1º Dan.
Segundo o delegado Marcos Araguari, diversos trabalhos com temas ligados direta ou indiretamente a capacitação policial, serão realizados com os policiais civis, com a finalidade de enriquecer a cultura geral dos investigadores e escrivães, de modo a propiciar um exercício profissional de melhor qualidade. “Foi com muita satisfação que recebemos os senseis Roberto Takeshi Fukuchi e Joetsu Narita em nosso ambiente de trabalho, e suas intervenções foram bastante proveitosas para todos os policiais. Nossa intenção é prosseguir com esses eventos, numa tônica que considera o policial civil como um profissional que deve ser conhecedor das mais diversas culturas e detentor do maior número possível de informações, ainda que indiretamente ligadas à sua profissão. O policial deve ser um ente completo, culturalmente falando, e seu papel na comunidade não deve ser interpretado apenas como agente do aparelho repressivo estatal, mas sobretudo como membro ativo de um corpo social, transformador por excelência”, referiu Araguari.