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O "CORONÉ" E SEUS JAGUNÇOS

O "CORONÉ" E SEUS JAGUNÇOS

06/02/2014

Hoje seria a primeira sessão do Conselho da Polícia Civil, o SIPOL foi até lá. A sessão foi cancelada em razão de uma decisão da SESP e do Gabinete do Delegado Geral, em razão do imbróglio envolvendo a permanência ou não do Delegado Michelotto naquele colegiado. 

"Curiosamente" havia dezenas de Investigadores e Escrivães na sala em que são realizadas as sessões, a esmagadora maioria da Divisão de Polícia Especializada, além de pelo menos 7 Delegados da mesma divisão. Soubemos ali mesmo que os policiais da base foram literalmente convocados a comparecer ao que seria uma reunião de trabalho na DPE e então foram direcionados para a sala do conselho, a fim de prestar um apoio "espontâneo" ao Divisional. A estes Investigadores e demais policiais, ludibriados, o SIPOL presta neste ato seus respeitos. 

O SIPOL foi recebido na sala de reuniões do 11º andar pelo Delegado Geral Adjunto e, na saída, o Presidente do SIPOL, Roberto Ramires, sofreu uma tentativa de intimidação que culminou em agressão física, tais agressões partiram de três investigadores de polícia, se é que fazem jus a semelhante nomenclatura. 

Sim, num ato inacreditável de desrespeito, na presença do próprio Delegado Geral e do Delegado Geral Adjunto, esses senhores, covardemente, partiram pra agressão, totalmente gratuita e portanto injustificável. 

Mas o ato não foi repentino, foi muito bem pensado, verdadeiramente planejado e orquestrado. Era claro o objetivo de intimidar quem ousa questionar atos espúrios dentro da corporação, ainda mais agora que a casa tá caindo...

O triste é ver que de dentro da nossa própria categoria saem estes jagunços, estes capitães do mato, tão subservientes a seu "coroné", que aceitam de encomenda tentar calar a boca dos seus pares na base do escândalo, do grito, da agressão. Macacos adestrados não fariam tamanho ridículo. É preciso estar atento a esse tipo de vociferador, eles bradam sempre os mesmos gritos pra tentar desencorajar a manifestação e o pensamento, gritam por que não tem nada a dizer, gritam pra tentar sufocar a voz de quem tem o que dizer, apavorados com a possibilidade de que finalmente a polícia discuta num nível mais alto do que aquele a que estão habituados. Mas estes são apenas jagunços a mando do coroné, não decidem nada por si mesmos. 

Quem já viu semelhante disparate acontecer ali, nas barbas do Delegado Geral? Quem já pensou em semelhante falta de respeito? Isso sim, Seu Coroné, é MILÍCIA!!! 

A reunião inusitada que aconteceu hoje no Departamento de Polícia Civil, com dezenas de policiais deixando seus postos de trabalho para atender a uma convocação para ir "prestigiar" o Divisional , denota claramente a tentativa de formar uma facção dentro da Polícia, e claro que à frente vão os vociferadores histéricos, devidamente adestrados. 

Permitirá o Governador que uma máfia se instale dentro da Polícia Civil do Paraná e seja a eminência parda dentro da instituição, mandando e desmandando na base da intimidação? Se permitirá a formação de uma milícia dentro da instituição? A Polícia Civil admitirá a formação de facções? É preciso prestar muita atenção, tem gente na polícia se cercando de capangas para tentar desencorajar as pessoas a falar. 

O episódio foi tão ridículo, tão lamentável, que custamos a crer que esses cidadãos, com formação de TERCEIRO GRAU, se prestem a ser lambe botas de coroné de alto coturno e virem as costas para os seus, achando que do alto de sua insignificância conseguirão calar pessoas que se atrevem a pensar e expressar seu pensamento, um direito constitucional inalienável (se é que eles sabem o que isso significa). 

O SIPOL continua, a despeito da histeria e do medo dos turbadores e seus mandantes. 

www.sipolparana.com.b

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