Na manhã deste sábado (16), diretores de sindicatos e associações da área da segurança pública do Paraná se reuniram na Praça Osório, no Centro de Curitiba, para reclamar melhores condições de trabalho. Das 10 às 13 horas, eles distribuíram panfletos e denunciaram as más condições enfrentadas pelas classes em razão da falta de investimento pelo governo do estado.
Participaram da ação representantes dos investigadores, escrivães e peritos da Polícia Civil e Científica. Agentes penitenciários, papiloscopistas e o corpo de Bombeiros também foram representados.
“Mostramos à população três coletes balísticos vencidos que vêm sendo usados pela Polícia Civil. Há tempos, o estado não faz a substituição de uma das ferramentas mais básicas de trabalho. As viaturas do Corpo de Bombeiros também estão em más condições, além de outros problemas enfrentados diariamente pelos setores de segurança pela falta de investimento”, comenta o presidente do Sindicato dos Investigadores do Paraná (Sipol), Roberto Ramirez.
O grupo também se mostra inconformado com o não pagamento de promoções e progressões à classe. Em 2012, por meio de uma lei estadual, os servidores conquistaram o direito de progredir de nível na carreira e, por consequência, contar com aumentos de salário, mas, desde maio deste ano, não usufruem do benefício. “A Polícia Civil, por exemplo, está há três anos sem novas promoções”, reforça o presidente.
“Não contamos com vale alimentação ou outros benefícios comuns a outros profissionais. Só esperamos que o dever do estado em fornecer o que é de direito dos trabalhadores seja cumprido”, conclui.
Queixas sobre sobrecarga de trabalho e relacionadas à falta de equipamentos qualificados para os trabalhos também foram feitas pelo grupo.
Resposta da Polícia Civil
Em nota, a Polícia Civil afirma que está pleiteando junto ao governo a abertura de concurso público para a carreira de escrivão de polícia. Atualmente, 103 escrivães estão fazendo o curso de formação na Escola Superior de Polícia Civil com conclusão prevista para o mês de setembro. Com isso, as delegacias serão reforçadas em todo o Paraná.
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