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Encontro na sede do Sindicato dos Bancários serviu para se debater o sindicalismo
e a construção de uma segurança pública de qualidade
No encerramento das atividades sindicais em 2013, o Sipol reuniu cerca de 112 pessoas na sede do Centro Cultural e Esportivo do Sindicato dos Bancários de Curitiba, na noite de 18 de dezembro. Alem de proporcionar uma confraternização entre os colegas, o encontro serviu para prestar homenagens a investigadores de Policia e lideranças sindicais que se destacaram durante o ano.
Para o presidente do Sipol, Roberto Ramires, o encontro foi uma forma de se reconhecer o trabalho dos investigadores que fizeram a diferença em 2013. Além disso, também se aproveitou a oportunidade para aquecer o debate em torno da PEC 51, projeto de lei que vem sendo debatido em Brasília e que trará mudanças significativas para a segurança Pública em todo o Brasil. “Somos todos consumidores da segurança pública, temos que deixar de ser apenas atores nesse processo. A PEC 51 vai mudar a estrutura da segurança para todos”, salientou.
Antes de iniciar a entrega das premiações, todos os presentes puderam assistir a um vídeo sobre o líder africano Nelson Mandela, que deu nome ao troféu distribuído na noite.
Entre todos os homenageados, ninguém foi tão saudado como o investigador Eyrimar Bortot, professor e sindicalista que ajudou a construir o Sipol. Eyrimar havia sido afastado da Polícia, após ter sido acusado injustamente de um crime que não cometeu. Após provar na Justiça sua inocência, seu retorno à instituição já foi referendado. O processo foi coordenado pelo advogado do Sipol, Elias do Amaral.
O presidente do Sindicato dos Investigadores Particulares do Paraná, Ivan Fagundes, participou do encontro, e fez questão de ajudar na organização, registrando fotos das homenagens. No final, ele mesmo recebeu uma das placas em reconhecimento ao trabalho da sua entidade.
De Paranaguá, vieram os investigadores Gilvane Fonseca e Helio Alves. Outro que prestigiou o encontro foi o colega Silvio Hernane, da Dedetran, delegacia de Trânsito.
Uma das homenagens da noite foi a entregas de um troféu in memorian ao policial Marcos Antônio Gogola, que foi morto em 2013 enquanto acompanhava o transporte de um preso até o dentista. O premio foi recebido pelo filho do policial, Rafael Gogola, que chegou a se emocionar com a homenagem.
Ao receber sua premiação, a policial Salverina Borges fez questão de parabenizar o colega Eyrimar Bortot. “Quando soube que você tinha retornado, você nasceu de novo pra mim”, disse, emocionada.
Outros homenageados da noite foram o policial Osmair José, deputado Tadeu Veneri, Edio Roberto Fernandes, Ronia Trentini Sperotto, Bernardo Fidalgo, Andrius Deno Geronazzo, Giovane Fonseca, Altair Beni Paço e Gilson Marciano.
Entre os presentes que compuseram a mesa principal da solenidade estiveram o presidente do Sipol, Roberto Ramires, Sindicato dos escrivães (Sindespol), o deputado estadual Tadeu Veneri, Sindicato dos Papiloscopistas (Sinppar), Antony Johnson, do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindarspen), Mário Cândido de Oliveira, do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário (Sindijus), Sindicato dos servidores do Município de Curitiba (Sismuc), Márcio Kieller, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Henri Francis Ternes, da Associação dos praças do Corpo de Bombeiros (APCB), Sindicato da Guarda Municipal de Curitiba (Sigmuc), União da Polícia Civil (UPC), Sindicato dos peritos Oficiais (Sinpoapar) e Noel Dias Duarte, da Associação dos Funcionários e Amigos da Polícia Civil de Foz do Iguaçu.
Noel Dias Duarte, que atravessou o Estado vindo de Foz do Iguaçu para prestigiar o encontro, destacou o orgulho que sente de ter no Sipol um sindicato atuante para toda a categoria.
Márcio Kieller, vice presidente da CUT, fez questão de ler um poema do filósofo alemão Bertold Brecht, e destacou a batalha que as centrais sindicais tem abraçado para aprovar a EC 190. “Para sermos fortes é preciso uma categoria sindicalizada”, defendeu, destacando o chamado “modelo cutista de pensar.” Márcio lembrou também a trajetória de lutas e dificuldades que marcaram o início do Sipol.
O advogado do Sipol, Elias do Amaral, quer também foi homenageado por sua atuação no processo que inocentou o policial Fabiano Bortot, citou um trecho da bíblia em que um profeta falou sobre o Bom Combate, mencionando a luta do Sindicato em defesa da categoria. O vice presidente dos agentes penitenciários, Antony Johnson, lembrou que os sindicatos organizados travam lutas muito específicas junto às suas categorias, mas, quando unidos numa mesma causa, se tornam mais fortes. “Estamos aqui em apoio ao Sipol, e sabemos que quando for preciso, também teremos o auxílio de outras entidades irmãs”, apontou.
Mostrando estar bem informado sobre as lutas assumidas pelo Sipol, o deputado Tadeu Veneri reforçou as críticas sobre a utilização de policiais na vigilância dos presos. “Investigador não é para cuidar de preso. Precisamos o quanto antes impedir que isso siga acontecendo, para se evitar mais tragédias. Trabalhar nessas condições só trazem mais desconforto emocional aos trabalhadores”, disse.
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