Sexta-feira, 23 de maio de 2014
Estivemos visitando Pontal do Paraná e lá verificamos a mesma estrutura perniciosa e falida que assola as cidades do interior do Estado no que tange à questão da cadeia. A Delegacia de Pontal do Sul está fechada para a população a qualquer hora do dia ou da noite, nenhuma pessoa do povo que estiver precisando da Polícia Civil ali será atendida, em que pese a placa em frente ao estabelecimento ser bem clara: "Delegacia de Polícia".
Lá dentro, a mesma situação caótica de sempre: instalações dignas de "mocó", móveis velhos, pintura velha, um verdadeiro abandono ao qual estão relegados todo dia apenas um policial de plantão e um agente de cadeia PSS.
A segurança é pífia: muros baixíssimos que até mesmo crianças poderiam com facilidade transpor, e de fato, há pouco tempo houve fuga de cerca de 10 presos.
Conversamos muito com a população nos arredores e todos relataram a sensação de total insegurança que aquele local transmite, muitos relatando assustados que no dia da fuga comércios fecharam as portas, temerosos de uma invasão dos foragidos.
Buscamos ser recebidos na Câmara Municipal de Pontal do Paraná, onde fomos prontamente ciceroneados pela Vereadora Cleonice e muito bem acolhidos pelos demais vereadores, que não apenas ouviram nossas considerações a respeito da necessidade de que haja um estabelecimento prisional adequado na região do litoral (como aliás era promessa de campanha de governo do Governador Beto Richa) e da premente necessidade da desativação da carceragem na Delegacia de Pontal do Sul, como eles mesmos, já tendo visitado a unidade por mais de uma vez, se afirmaram estupefatos com as condições desumanas em que operam os servidores do Estado naquele local, bem como as condições desumanas a que os custodiados são submetidos, inclusive ressaltaram que são comuns os surtos de tuberculose na cadeia em razão de ser um local infecto, nada mais que um depósito insalubre de gente.
Agradecemos aos Senhores Vereadores da Câmara Municipal de Pontal do Paraná, aguardamos desdobramentos positivos deste encontro e parabenizamos aos senhores pelo pronto interesse em se imiscuir na questão.
Em Antonina a situação é praticamente a mesma, fizemos um "pedido de socorro" ao Juiz da comarca,
veja o teor do ofício encaminhado ao juízo da comarca de Antonina.
www.sipolparana.com.br
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